Muitas empresas acreditam que as pessoas estão velhas para o mercado somente quando páram de sonhar, de querer aprender coisas novas e sobretudo de amar e respeitar a vida.
Dentre outras tantas lamentáveis discriminações feitas por algumas organizações, uma das mais injustas e vergonhosas é justamente a de rotular de "velhos", ou seja, de não achar mais que as pessoas estão na idade produtiva.
Normalmente depois dos 45 anos de idade as pessoas já são barradas nos processos seletivos, ou até dentro da própria empresa sendo ecluídas dos planos de carreira e desenvolvimento.
Com 50 ou 55 anos de idade, um sujeito pode presidir um País como o nosso, mas não pode ser auxiliar de escritório numa sapataria! a sociedade coloca rotúlos em todas as questões que desafiam a se ter atitudes mais benevolentes, pois é muito fácil continuar tendo as mesmas idéias, e apoiando os mesmos paradigmas.
A partir dos 65 anos de idade as empresas apontam como fim de carreira seja para presidentes, diretores, por mais competentes que sejam, orientando ao afastamento compulsório. Se é do "staff", o executivo recebe gratificações e nem vai sentir tanto a questão da idade. Mas...e se é "um pobre mortal" um "trabalhador comum"? surgem algumas alternativas: entregar-se ao destino, entrar em depressão ou bater na porta de outras empresas para ver se consegue uma recolocação e sair da zona de afastamento do mercado de trabalho.
De acordo com levantamento da Catho, especializada em recursos humanos, apenas 9% das empresas contratam gerentes acima dessa idade - o levantamento é baseado em entrevistas com 1.356 empregadores. Se analisarmos, pela mesma pesquisa, a faixa etária de 51 a 55 anos, a média despenca para 2%. Um degrau acima, de 56 a 60 anos, atinge-se o patamar próximo de zero, mais precisamente, 0,65%.
Logo quem define se está apto ou não para o trabalho deve ser a própria pessoa,ou seja, aquele que as empresas e sociedade julgam "velho" para determinado cargo, pois competência e produtividade são definições individuais que cada um conquista ao longo de sua carreira.
A percepção que queremos apresentar é a de que os tempos mudaram não só para os jovens, mas também para os velhos, a própria Organização Mundial de Saúde define como idade determinante da velhice que, de 65, foi elevada para 75 anos, em função de sérios estudos e levantamento estatístico mundial, atestando aumento progressivo da longevidade e da expectativa de vida.
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